sexta-feira, 29 de abril de 2011
Caçada da Onça
(Flávio Henrique e Dado Prates) - com Amaranto
Noite clara, céu azul
No horizonte a cruz do sul
Vê a toca, tá vazia
É hora da feira
Leva a cartucheira que chumbo tem
Prepara a zagaia que o dia envém
O laço de arraia leva também
Lá na capoeira tem mais de cem
Pixuna na moita de gravatá
Pintada no alto do jatobá
Onça braba, marruá
Mia grosso até raiar
Lambe a pata, mostra o dente
Devora a presa
Tocaia a tigresa que hoje tem
Tem festa na roça que a bicha envém
Na testa é que é bom
Na boca também
A pele ilesa dá mais de cem
Couro de pinima é bom pra esquentar
Couro de onça preta só dá azar
Olha a morte espreitando na curva
Olha o raio
Olha o dia que não vai chegar
Canguçu, sussuarana, jaguaretê
Malha larga, lombo preto, olho de dendê
Encurva o rabo
Mede o bote
Mira no cangote pra se defender
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